De acordo com a Federal Energy Regulatory Commission, a Resposta da Demanda (Demand Response) é definida como: "Mudanças no uso de eletricidade por consumidores finais, em resposta a mudanças no preço da eletricidade ao longo do tempo, ou a pagamentos de incentivos destinados a induzir o menor uso de eletricidade em momentos de altos preços de mercado no atacado, ou quando a confiabilidade do sistema estiver em risco”.
A gestão de energia Resposta da Demanda pode ser comparada ao overbooking nas empresas aéreas: quando há excesso de demanda em determinado voo, elas oferecem dinheiro a passageiros para viajarem em outro dia. Assim, as companhias evitam os altíssimos custos de disponibilizar mais uma aeronave para atender a todos no mesmo dia, indenizando financeiramente as pessoas que podem ou querem adiar a viagem.
A recente crise hídrica, causada pela escassez de chuvas no Sul e Sudeste no primeiro semestre de 2021, mostrou mais uma vez que a produção energética brasileira, majoritariamente viabilizada pelas hidrelétricas, nem sempre é suficiente para atender às necessidades do sistema. Quando isso acontece, é preciso ativar usinas termelétricas, que têm o custo de produção bem mais elevado. Como resultado, as tarifas são inflacionadas e o meio ambiente é prejudicado com os efeitos da energia térmica não-renovável.
