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Indústria automotiva: a revolução dos veículos elétricos

Indústria automotiva: a revolução dos veículos elétricos

PUBLICADO NO DIA: 14/02/2020

Os veículos elétricos estão revolucionando a indústria automotiva, trazendo inovação, sustentabilidade e novas oportunidades de mercado.

A indústria automotiva passa por transformações significativas de tempos em tempos. Nos anos 90, o setor de autopeças e montadoras teve que se adaptar à introdução da injeção eletrônica. Na década seguinte, o motor flex trouxe uma nova revolução à indústria automotiva. Hoje, a eletrificação é a força que está moldando essa transformação.

O que é a indústria automotiva?

A indústria automotiva, frequentemente referida como indústria automobilística, é dedicada à fabricação de veículos motorizados, que servem para o transporte de pessoas, animais e mercadorias.

 

Essa vertente da economia teve seu marco inicial em 1903, com a fundação da Ford Motor Company por Henry Ford, que revolucionou a produção em massa de automóveis. Desde então, a indústria automotiva abrange todas as etapas do ciclo de vida dos veículos, desde o design até a comercialização, incluindo também estratégias de marketing.

 

De acordo com a Resolução nº 396 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), de 13 de dezembro de 2011, os veículos são divididos em categorias leves e pesados. Os veículos leves, que incluem carros, SUVs, motos, utilitários e picapes, têm um peso bruto máximo de 3.500 kg. Em contrapartida, os veículos pesados incluem caminhões, tratores de rodas, ônibus, micro-ônibus e motor-homes.

 

Apesar dos avanços tecnológicos que têm promovido a automação, a indústria automotiva ainda depende significativamente da mão de obra humana. Embora muitas funções tenham sido automatizadas e substituídas por robôs, a necessidade de trabalhadores qualificados permanece alta.

 

Um dos principais benefícios dessa automação na indústria automotiva é o aumento da produtividade. À medida que os processos se tornam mais eficientes, a segurança nas operações também é aprimorada, contribuindo para um ambiente de trabalho mais seguro e eficaz.

 

História da indústria automobilística no Brasil

No início do século XX, a indústria automotiva começou a se consolidar no Brasil. O primeiro carro, um Peugeot, chegou ao país em 1894, trazido por Alberto Santos Dumont. A Ford se instalou em 1919, seguida pela General Motors em 1925.

 

Durante os governos de Vargas e Kubitschek, a indústria automobilística no Brasil ganhou impulso, com medidas que facilitaram a produção local e a importação de peças. O marco da fabricação nacional ocorreu em 1956, com o lançamento do Romi-Isetta.

 

A Volkswagen, que começou a produzir em 1959, tornou-se líder da indústria automotiva, consolidando a presença de marcas como Fiat, Ford e GM.

Adaptação do setor automobilístico à chegada dos veículos elétricos

A indústria de carros elétricos no Brasil está passando por uma transformação significativa com a eletrificação e a adoção de veículos sustentáveis.

 

De acordo com a Associação Brasileira de Veículos Elétricos (ABVE), no primeiro semestre de 2024, a venda de veículos leves eletrificados alcançou um total de 79.304 unidades em todo o território nacional. Somente em junho deste ano, foram registrados 14.396 novos emplacamentos, o que representa a terceira melhor marca para um mês em toda a história.

 

A previsão da associação para a indústria automotiva em 2024 é que mais de 150 mil carros elétricos sejam comercializados até o final do ano em todo o país, o que indica um crescimento de cerca de 60%. Essa tendência reflete a crescente demanda por soluções de transporte mais ecológicas e eficientes.

Os veículos elétricos são uma ameaça para a indústria automotiva no Brasil?

Os veículos elétricos representam uma revolução na indústria automotiva no Brasil e no mundo, oferecendo uma alternativa limpa e sustentável à locomoção tradicional. Ao eliminar a dependência de combustíveis fósseis, eles trazem uma série de vantagens significativas:

 

  • Sem emissões

Carros elétricos não produzem poluentes, reduzindo em até 30% a geração de CO₂ em comparação aos motores a combustão. No Brasil, onde 83% da energia provém de fontes renováveis, seu impacto ambiental é minimizado.

 

  • Eficiência energética

Eles consomem cerca de 90% da energia disponível, enquanto os motores a combustão aproveitam apenas 30% a 40%, tornando-os muito mais eficientes.

 

  • Baixos custos de manutenção

Os veículos elétricos exigem menos manutenção, com gastos 20% a 30% inferiores em comparação aos carros convencionais.

 

  • Menos impostos

Incentivos fiscais já estão em vigor, como a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), facilitando o acesso dos consumidores a esses veículos.

 

  • Silenciosos:

Operando sem ruído, eles oferecem maior conforto acústico.

 

Com isso, fica evidente que os veículos elétricos não são uma ameaça, mas uma solução promissora para a indústria automotiva no Brasil, contribuindo para a economia e a preservação do meio ambiente.

Fórmula E e MotoE: os veículos elétricos dominam as pistas de corrida

A Fórmula E e a MotoE são os principais campeonatos de automobilismo e motovelocidade elétrica do mundo. A primeira competição de MotoE aconteceu em 1949, mas foi apenas em 2018 que a Dorna Sports lançou a série elétrica, reconhecendo a crescente demanda por tecnologia sustentável nas corridas.

 

Já a Fórmula E foi idealizada em 2011, com a primeira corrida realizada em 2014, em Pequim, como um marco na promoção da eletromobilidade. Com dez equipes e dois pilotos por equipe, a competição atrai grandes montadoras, como Audi e Jaguar, e já viu brasileiros como Nelson Piquet Jr. e Lucas di Grassi conquistarem o título mundial.


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Homem ao lado de um carregador Enel X.

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